Ninguém sabe o Duro que Dei.




Há alguns anos atrás me pediram pra falar sobre "inveja alheia, o quanto devemos saber nos colocar no lugar do outro ou mesmo nos vacinar."

Bom, este tema da inveja já foi abordado aqui em três textos, mas como repetir é bom para o aprendizado, volto ao assunto, num outro ângulo, o de se colocar no lugar do outro. Penso até que a inveja é justamente a dificuldade de imaginar a vida do outro em sua realidade. Nós a idealizamos, já que não vivemos esta vida, projetamos todos os nossos desejos nela. Como diz o ditado, supervalorizamos a grama alheia. Temos certeza que tudo de bom só acontece onde nós não estamos e então espichamos o olho (obeso) para além de nossa cerca.

Se estamos bem e saudáveis emocionalemnte ficamos por aí, só olhando e imaginando. Se não estamos bem, aí tentamos destruir esta "perfeição" que nos ofende. Pode ser com pequenas maledicências ou grandes intrigas, inclusive usando a pólvora mais rápida do oeste: a internet.

Nos colocando realmente na experiência do outro, saberemos que seja lá o que ele conseguiu, tem a ver com seu esforço, mesmo se está roubando... Afinal é preciso empenho para surrupiar coisas dos outros! Mas vamos contar que a maiorira se sacrificou mesmo. Perdeu noites de sono e farra para estudar e passar num teste ou concurso, resistiu a tentação da cantada de um deus/deusa para manter o casamento, fez sacrifícios familiares para obter uma promoção, se virou em mil para agradar amigos e ser querido, sofreu comendo alface pra manter um corpo de modelo. E como diz Wilson Simonal, trabalhou, trabalhou para ter fon-fon. Inclusive o nome desta música é "Ninguém sabe o duro que eu dei".

Bem,esta parte todo mundo esquece, ficamos só com os finalmentes e achamos que na vida do outro tudo aconteceu num passe de mágica. "Ele é sortudo", portanto merece nossa inveja. A parte trabalhosa, o ruim da vida de cada um fica pra si, como diz Caetano, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"

Para nos colocarmos no lugar do outro de forma eficiente é preciso maturidade, e seu fruto é a compaixão e alegria pelo sucesso do vizinho e também uma forte autoestima e sensação de competência. Estes são os antídotos da inveja . Vacine-se! Garanto que vale o esforço!

Namasté!

Comentários

  1. Oi Nanda! Lindo seus textos! Estou em um dilema ... Psicologia e Espiritualidade! Vc consegue unir os dois no seu trabalho? A Psicologia te limita? Foi útil fazer esse curso para o seu trabalho hoje? Quero desenvolver um trabalho com várias alternativas, florais, tarot, aconselhamentos ...e estou na dúvida se o curso de psicologia se faz mesmo necessário.

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    Respostas
    1. Oi Sarah!!!

      Obrigada!!

      Estou há 15 anos misturando estas duas coisas em meu caldeirão, ainda não cheguei no ponto... rsrs Ma já dá um caldo!

      Sim, foi útil, fazer o curso de Psicologia, dá respaldo e conhecimento complementar. Eu recomendo. Mas cada pessoa tem uma necessidade diferente. Pra mim foi fundamental.

      Eu trabalho com os instrumentos que citou. E tenho uma orientação bem particular.

      Não sei responder se o curso é realmente necessário, mas posso dizer que não me arrependo de ter feito e me ajuda muito no trabalho. Conhecimento é sempre riqueza, seja milionária!!! rsrs

      Xero!

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