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Mostrando postagens de dezembro, 2010

O perfeito erra?

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A continuação do tema anterior vem de uma pergunta feita por @ Marquesk num comentário do texto “ Será que nos amamos ?” Ele perguntou: “Quem é perfeito erra?” Acho que perguntou isso por que eu disse no texto que somos perfeitos, então ele deve ter pensado... Se somos perfeitos por que falhamos em nosso comportamento? Se nos basearmos no conceito estático de perfeição e na idéia de que errar não é bom, então minha afirmação de que somos perfeitos está equivocada mesmo. Porém se mudarmos o conceito de perfeição para algo que se movimenta e que aceita tudo inclusive o “erro”, então minha afirmação não parecerá absurda. Então vamos trabalhar com esses outros conceitos. Como já disse no texto anterior “Perfeição”, essa palavra, para mim, significa algo que se move segundo a segundo (ou menos) criando novas configurações que englobam tudo, incluindo aí o que chamamos erro, é o equilíbrio de elementos que resulta no que chamamos perfeição. E se você se lembra eu disse que a imper

O Monte Cinco

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Paulo Coelho São Paulo, SP: Gold editora Ltda 155p Neste livro Paulo Coelho, fala sobre infortúnios, aos quais ele dá o nome de “o inevitável”. Contando a história de Elias, personagem bíblico, ele nos dá uma idéia de como é ser arrebatado por algo trágico; mesmo sendo uma pessoa de fé. Elias era um profeta, guiado por deus, nada mais seguro, hein? Só que ele é orientado para um período de total escuridão e desarranjo, inclusive, num momento, ele até perde o privilégio de escutar anjos e o próprio deus. O que vemos é desespero e revolta, numa luta contra deus. E é exatamente este o ponto, todos, mais cedo ou mais tarde, brigamos com deus ou seja lá que nome damos a isso. Para podermos assumir responsabilidade por nossas vidas, para virarmos adultos, Freud também disse isso para Breuer no filme " Freud além da alma " “todos, um dia, devemos matar pai e mãe”, simbolicamente, é claro! Gostei muito do livro, principalmente, por que até a metade dele ficamos tão perdido

Perfeição

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Um dia desses no Twitter o @ Hugoffreire me perguntou o que eu achava que era perfeição. “O que é perfeição e imperfeição para você?” Respondi: Perfeição – é o equilíbrio harmônico de forças, ações e eventos. São doses balanceadas e encaixadas de tudo que existe. Imperfeição – é a falta desse balanço, dessa harmonia. Claro que eu não posso dizer que defini absolutamente esses dois conceitos... Mesmo meu ego dizendo que sim... Mas acho que é um bom ponto de partida. A perfeição não é estática, ela é móvel, não pode ser acabada, está sempre em transformação. Para mim é sempre uma questão de doses balanceadas de tudo o que há, formando uma configuração momento a momento. Uma perfeição não dura mais que um segundo, mas também é a soma de todos os segundo mutantes. O que chamamos de imperfeição é a sensação de falta de balanço, de harmonia, do conjunto encaixado. Nada nesta dimensão é parada, está tudo se movendo e mesmo a imperfeição é perfeita... Pois do desequilíbrio

O Segredo de Beethoven

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ver sinopse Este é um filme com alguns temas interessantes: como o tratamento dado às mulheres, (como elas eram vistas, o que se esperava delas, o que eram proibidas de sonhar, o relacionamento de “amor” dominador) ou a  relação do tio Beethoven e seu sobrinho, são exemplos de bons temas para falar. Mas decidi abordar um terceiro assunto aqui: A comunicação com deus. Em vários pontos o compositor explica como se dá essa troca. Beethoven ouvia deus e expressava-o através de sua música. Mas achava que só aos músicos era dado esse presente... Na verdade a música é algo sublime mesmo, nos eleva e nos muda a vibração. Contudo, expressar deus não é feito só através dela. Em contato com deus, todas as nossas ações se tornam sagradas, até comprar pão, na padaria da esquina. Na vibração divina, tudo que nós fazemos é expressão de deus. Afinal essa energia utiliza corpos humanos para se expressar. E ela consegue fazer isso bem feito quando esses corpos se tornam conscientes disso. Aprendam

Nós não amamos

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Agora apresento a você Martinha, uma amiga de quando não existia e-mail e conversávamos por carta! Ela deixou um comentário no texto “ Esquecer uma paixão ” com a seguinte sugestão. “nós não amamos” Nossa! Isso dá pano para mangas! Ninguém gosta de achar que não ama... Mas acredito que seja verdade. Primeiro, antes de você me linchar, quero explicar o que entendo sobre isso. Porquê afirmo que não amamos? Bom, essa é uma forma simplificada para apontar uma ineficiência em nossa expressão afetiva, a maioria de nós passa o amor pelo filtro do ego e é isso que estraga tudo. Primeiro o amor é uma força de ação, se for pura ela leva à empatia, generosidade, desapego, liberdade, compreensão, não julgamento e principalmente ao não pré julgamento, gentileza, alegria, positividade, confiança e por aí vai. Esse é o comportamento de uma pessoa vivendo amor. Então porque não vemos isso nas pessoas que se dizem amando? Na maioria vemos apego, tristeza, julgamento e pré julgamento, aprisio

O que é budismo

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Antônio Carlos Rocha Coleção Primeiros Passos São Paulo: Brasiliense, 2000 73p Adoro essa coleção da Brasiliense. E gostei muito desta edição, que diz “Budismo é uma palavra oriental para designar o conjunto de práticas, prédicas e vivências dos ensinamentos de Siddharta Gotama, o Buda” Ele fala dos caminhos percorridos ao longo de dois mil e quinhentos anos, a diferença entre essa e as outras religiões. O caráter social e político dos discursos de Siddharta, as quatro classes de felicidade, a história do budismo que teve início por volta de 523 a.C., a vida e morte do príncipe que virou asceta e depois iluminou, os desdobramentos do budismo (como o Zen), as quatro nobres verdades, ausência de dogmas, a não existência da alma, o enfoque na meditação (pura atenção) e para finalizar uma lista de livros para continuar numa investigação mais profunda. Penso que saí da leitura conhecendo um pouco melhor essa fascinante orientação. Descobri até que quem trouxe as ideias de budismo par

Amor Platônico

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A Fernanda Medeiros, assídua colaboradora do Múltipals, fez uma sugestão de tema num comentário do texto “Esquecer uma paixão”: “Amor platônico, existe mesmo?” Pensei... Quem sou eu para responder se algo existe ou não?... Mas assim mesmo me afoitei. O amor platônico, diz o pensamento comum, é aquele que não se consuma sexualmente, é um amor admiração, distante, reverente. Posso dizer que eu já senti isso, principalmente na adolescência, quando não me achava essas coisas todas, então eu “amava” à distância (segura). Também posso dizer que acredito nessa expressão amorosa. E mais, acho que pode ser um bom treino, antes de adentrarmos nas agruras amorosas. Sabe quando um surfista treina o uso da prancha na areia? Isso! São as primeiras braçadas no mar, melhor, no oceano amoroso. Todavia tive esse tipo de admiração distante até perto dos vinte e cinco anos de idades, nesta época ainda tinha dúvidas sobre o meu poder de atração. Então eu acho que esse tal amor platônico tem a ve

Mulheres Sexo Verdades Mentiras

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clique aqui para ver a sinopse Este é um filme interessante para dar início a conversas sobre sexualidade feminina. Ele aborda vários temas ligados ao assunto. É uma mistura de ficção e documentário. A personagem principal é uma documentarista famosa que ao ter uma experiência com sua sexualidade decide investigar as mulheres e como é o sexo para elas. Achei legal porque é leve e não é vulgar, um perigo quando se fala em sexo. Ele trata de fantasias, clitóris, orgasmo, romance, expectativas, relacionamento homem/mulher (deixa passar o mulher/mulher), sexo grupal, sex shop, pênis, vagina, vulva, masturbação, a timidez de falar sobre esses assuntos, vergonha, preconceitos, amarguras, infelicidade. Não é um mergulho muito fundo, mas é suficiente para se tocar no assunto com o parceiro e contar, usando o filme, como é que se gosta ou não de fazer sexo. Pode ser um bom interruptor para começar a pensar e falar no tema, pois até hoje o sexo é visto mais como algo a se fazer do que a se