Eu apóio a educação financeira infantil




Fui convidada por Cybele Meyer do Falando Sobre... a participar da blogagem coletiva “Eu apóio a educação financeira infantil”, como sou muito lenta, perdi o prazo que era até dia 3 de Novembro. Mesmo assim decidi publicar o texto que escrevi, pois o tema é bom.


Fiz um comentário no Fio de Ariadne sobre isso:


Também penso que nossa forma de usar o dinheiro é proporcional as nossas emoções e "fomes". Aprendemos que compensa nosso vazio o uso desvairado do dinheiro e luxo material que ele proporciona. Isso nos dá a sensação de importância e segurança coisas que tanto almejamos.
Mas cria um outro buraco o de si mesmo e essa é a pior sensação que alguém pode ter. Falta de si mesmo!



E trouxe esse ponto de vista. Criança aprende com as ações dos adultos que estão perto e são significativos, portanto se os adultos dão tanta importância a bens materiais e dinheiro os pequenos irão trilhar o mesmo caminho. Quando penso em educar crianças sempre penso em reeducar pais, não há uma maneira de ensinar algo só através da fala, e constantemente dizemos uma coisa e fazemos outra. Pais e mães ensinam que o dinheiro não é tudo pelo discurso, mas na hora de provar isso...


Acho que precisamos reformular nossa idéia de felicidade e segurança. Ainda focamos muito no conforto material, não que isso não seja importante ou bom, mas como disse antes usamos o dinheiro com recheio para um vazio e um sentimento de inferioridade antigos. Colocamos isso em primeiro lugar, pensamos que o melhor que temos para dar aos nossos filhos são objetos; nos perdemos aí e desejamos que eles aprendessem algo diferente disso, fica muito difícil.


Outro fator que penso confundir nossa relação saudável com dinheiro é a dubiedade quanto a ele. Ao mesmo tempo em que todo mundo corre atrás, também o rejeita, achando-o sujo e que não devemos nos importar com ele. Até nos ofendemos quando pensam que estamos interessados nele. Fingimos que não o desejamos muito, ele é um tabu, o assunto não é falado abertamente. Ansiamos por ele e ao mesmo tempo disfarçamos. Fica confuso e o conflito se torna invisível, sem percepção somos joguetes dessa força. E de novo sem consciência não há como educar as futuras gerações a lidar com dinheiro de forma saudável.


Para mim não basta ensinar regras e condutas desejáveis; é preciso atuar com sinceridade dessa forma. E isso só pode acontecer quando internalizarmos outras atitudes e pensamentos sobre nós mesmos. Porque o uso do dinheiro é apenas um reflexo de quem nós somos.


Namasté!

Leia também:
Educar um filho exige muita consciência de si

Comentários

  1. Excelente sua abordagem, Nanda. Nossas atitudes são reflexo de nós mesmos e as crianças aprendem aquilo que vivenciam.

    Beijos

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  2. olá, Nanda
    Exato nanda as crianças imitam os pais para o bem e para o mal.é importante quando falamos com os pequenos a coerência entre o dircurso e a atitude.Os atos falam por si só.Se queremos adultos mais conscientes tratemos de ensinar através das atitudes os pequenos agorá..

    beijos no coração!

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  3. Vanessa:

    Obrigada!
    Na verdade a inspiração partiu de seu post sobre o mesmo assunto!
    Bjão!



    Rô CAstro:

    É isso! Sempre acho que primeiro precisamos reeducar pais para depois nos ocupar dos filhos!
    Bjão!

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  4. Nanda!
    Como em outras áreas, criança aprende mais imitando modelos do que com discursos propriamente ditos. Somos um reflexo de nossos pais e nossos filhos serão também nossos reflexos. Não tem como a fruta cair longe do pé, para usar um chavão.
    Bjs

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  5. Nanda, realmente falar sobre dinheiro é tabu.
    Mas minha postura com relacao a isso é que nao devemos perder nossa referencia, ou seja, o dinheiro nao deve estar diante de quem somos. Nao devemos trocar "quem somos" pelo "que temos". Isso é futilidade. Isso é o que causa esse vazio imenso (tb no bolso!!!).

    Estou de acordo de que devemos educar as criancas quanto a isso, prepara-las para o futuro, orientando-las onde está o limite entre uma coisa e outra.
    Quando ela cresca, ela já escolherá o caminho dela.

    No mundo capitalista, ha mtos materialistas e poucos espiritualistas, ainda que hj em dia, sinto que as pessoas estao buscando mais espiritualidade que ha anos atras...
    A cultura oriental parece estar dando um outro clima no nosso dia a dia, o que e positivo, pois td se baseia no trabalho mental.

    Confio que o futuro do mundo sao as criancas.
    E nao podemos isola-las da sociedade, pq somos parte disso.
    O que faz a diferenca sao os nossos VALORES.

    Esperemos que no futuro, as criancas de hj sejam adultos mais conscientes que somos nos, nesse nosso momento.

    Bssssssssssssssss FE

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  6. Claudinha:

    É isso que penso!
    Essas figuras são muito importantes para a estrutura social de uma criança.
    Bjão!



    Fernanda:

    Vc é das minhas! Vê os indícios de mudança e confia mais nisso do que no caos visível... Acho que precisamos dessa postura, focar no que queremos que aconteça não no que acontece e não gostamos.
    O futuro fazemos com nossas condutas de hoje ele é um resultado, então precisamos fazer agora e um pensamento como o seu , para mim, ajuda muito!
    Bjão!

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  7. Vejo que a nova geração está precisando de modelos de adultos corretos e coerentes. Pertinente texto.

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  8. Olá Nanda,

    concordo plenamente com você que não dá para educar a criança sem "reeducar o adulto". Muitos conceitos sobre educação financeira são errados, deturpados, atrasados e continuam preservados. Com isso a visão empreendedora fica ultrapassada. Como se pode ensinar e mesmo dar o exemplo tendo como fato gerador estes conceitos?
    Adorei seu post e já o estou linkando.
    Obrigada por participar. Você enriqueceu ainda mais a blogagem.
    beijinhos com carinho

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  9. Mar e Brisa:

    Acho que já está na hora de só querermos ensinar e não aprender... Só damos aquilo que temos.
    Bjão!



    Cybele:

    Obrigada!
    Acho o empreendedorismo, ou seja, a ideia de que podemos criar nosso próprio meio de subsistência não dependendo só de patrão, ótima!
    E hoje o brasileiro tem que lidar com dinheiro de forma mais inteligente.
    Então nossos conceitos devem ser modificados, modernizados!
    Agradeço vc me colocar na blogagem!
    Bjão!

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  10. NANDA!
    Saudades de vc.
    Aqui se aprende muito.

    AMIGA!
    DEIXEI UM SELINHO PARA VC. NESTE ENDEREÇO:

    http://sandraandrade7.blogspot.com/
    TE ESPERO LÁ.
    COM MUITO CARINHO
    SANDRA

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  11. Olá, tudo bem?

    Concordo com seu ponto de vista, precisamos dar o exemplo. Acredito que esse sentimento de "vergonha" de querer ter dinheiro, deve-se à educação religiosa- catolicismo - no meu caso.

    Abçs

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  12. concordo plenamente.
    bom eu sou mão de vaca graças a GOD, por causa dos meus pais, não q eu não gaste nunca meu dinheiro, mas tenho consciencia de quanto devo gastar e com que devo gastar.
    gostei muito do post.

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  13. Sandra:

    Obrigada!!
    Vou buscar o selo!
    Bjão!



    Adriana:

    Vejo como vc também, a catolicismo fez essa confusão, já nos Estados Unidos a religião incentiva o lucro, veja a diferença!
    Bjão!



    GrandeR@O:

    Somos dois!e eu ainda sou pior que vc, tenho alergia a gastar dinheiro!!! rsrsrs
    Mas isso me ajuda a estar sempre confortável quanto à dívidas.
    Bjão!

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  14. Emily:

    Obrigada!!!
    Não tenho passeado muito por outros blogs... Mas assim que fizer dou uma passada lá!
    Bjão!

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